Lendas de Sintra e de Portugal
A mãe do colega Lucas esteve na nossa sala para, em parceria com o filho, nos contar a lenda: «Línda-a-pastora». Aprendemos algumas palavras que para nós eram novas: séquito entre outras. No final surpreendeu-nos com um saboroso bolo de chocolate. Que delícia! Obrigada mãe e volte mais vezes. Adoramos o bolo pala além de aprendermos mais uma lenda.
«Em tempo que a memória não alcança, vivia, só e sem casa,
no verdejante e úbere vale do rio Jamor, uma jovem pastora, com seu rebanho de ovelhas.
Vivia alegre, em paz consigo e com a natureza, naquele então ermo, onde ninguém
a perturbava.
Mas,
certo dia, esta bucólica tranquilidade foi subitamente interrompida pelo tropel
de agitada cavalgada. Era um rei que passava, com seu séquito. Inesperadamente,
a comitiva estacou. É que o rei parara. O olhar vigoroso e sobranceiro de
personagem de tão elevada estirpe fixara-se nos olhos ternos, bonitos e
temerosos da bonita pastora, extasiado com tanta beleza e simplicidade. Enlevado,
o rei inteirou-se da situação da jovem pastora e, condoído, logo ali ordenou a
um dos seus validos que a enroupasse condignamente, dizendo: aninha a pastora.
Mas também deu instruções para que lhe construíssem uma casa, um abrigo seguro.
E esta morada foi o embrião da povoação que, depois, tomou o nome de Ninha Pastora. Conta-se
que o rei – ou cavaleiro, como outros preferem – casou com a bonita e simples pastora
e nesta casa viveram felizes...»
Miranda, Jorge Viagem pelas Lendas do
Concelho de OeirasOeiras, Câmara Municipal de
Oeiras, 1998 , p.30
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